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Ex-árbitros da FIFA lembram experiências em Minas
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Belo Horizonte (04/04) - Nem só de estádios, gramados bem cuidados, craques e grandes seleções vive uma Copa do Mundo.
       
Data da Notícia 05/05/2014 | Fonte: Renata Silva/Setes MG  
   
 
Para a realização do maior evento do futebol, milhares de profissionais estarão envolvidos. Alguns passarão despercebidos, outros serão o centro das atenções.


Marcio rezende

Alguns trabalhadores preparam-se há anos. É o caso dos árbitros de futebol, que dentro das quatro linhas são, por muitas vezes, os grandes vilões. Para chegar à Copa do Mundo, ser um bom árbitro e cometer poucos erros, nenhum de preferência, não é suficiente. Para os que querem integrar o quadro de arbitragem da Fifa e ter a oportunidade de ir ao Mundial é necessário, entre outras coisas, conhecimento de línguas e passar pelo tão temido teste físico. Até chegar a esse patamar, os aspirantes passam por inúmeras etapas: cursos, jogos do futebol amador, campeonato estadual, nacional e, então, alcançam os campos internacionais, escalando degrau a degrau.

Segundo Adriano Gonçalves, secretário da Comissão de Arbitragem da Federação Mineira de Futebol (FMF), para ser árbitro é necessário saber bem mais que as 17 regras do futebol. “Nosso curso de formação tem duração de seis meses, com duas aulas teóricas e uma aula prática semanalmente”, explica. Expressão oral e escrita, psicologia do esporte e noções de primeiros socorros são alguns dos temas abordados no curso. “Temos ainda matérias de preparação física, preenchimento de súmulas e relatórios, legislação desportiva, nutrição esportiva e comunicação interpessoal na arbitragem”. De acordo com Gonçalves, cada aluno investe cerca de R$ 2.000 em capacitação.

O curso de arbitragem da FMF é realizado duas vezes por ano, com média de 25 alunos por turma. Desse total, cerca de 90% conseguem ser aprovados. “Alguns fazem o curso somente para currículo profissional, especialmente jornalistas e educadores físicos. Esses não seguem na arbitragem. Os demais que se formam e entregam a documentação solicitada são aproveitados”.

O início da carreira do árbitro se dá, obrigatoriamente, em categorias do futebol amador, infantil, juvenil e júnior. Se apresentar boas atuações, o árbitro passará a atuar em jogos da divisão principal do futebol mineiro. “Avaliamos também o rendimento do profissional em provas teóricas e físicas propostas pela Federação duas vezes por ano. O tempo que leva da formação à atuação em jogos do Módulo I é de cerca de cinco anos, mas isso depende de cada um, pode demorar mais, ou menos”, diz o secretário.

Atualmente, o quadro da entidade é composto por 65 árbitros e 94 auxiliares, popularmente conhecidos como bandeirinhas. Para as duas funções, o curso de formação é o mesmo. “O curso vale pra ambos e todos começam como assistentes no início e, ao longo da atuação, são feitos trabalhos específicos para aqueles que queiram passar a árbitro principal”. A presença de mulheres na arbitragem tem se tornado comum nos últimos anos. Na Federação Mineira, no entanto, elas ainda são poucas. “Temos nove mulheres no quadro, mas apenas uma atuando em jogos profissionais. As demais estão em jogos amadores ou de base”.

Um árbitro na divisão principal do Campeonato Mineiro recebe, em média, R$ 1.500,00 por jogo apitado na fase classificatória da competição, podendo ganhar até 30% a mais se já tiver obtido o status de árbitro nacional, também alcançado pelo desempenho dentro das quatro linhas nos torneios estaduais.

Na maioria das vezes, o aspirante a árbitro começa na profissão por brincadeira, em jogos amadores, ou nas famosas peladas, onde é preterido por não ser um bom jogador e acaba assumindo o apito. Este, no entanto, não foi o caso do ex-árbitro Fifa Alício Pena Júnior. Campeão mineiro de futsal pelo time de Araguari, em 1986, ele pendurou as chuteiras em 1992 e começou a apitar aos 24 anos. “Em 1995, fiz o curso da FMF em Belo Horizonte. Apitei amador em Araguari, Uberlândia e região e, em 1998, comecei a atuar em competições da FMF”, lembra.

No ano seguinte, Pena Júnior já passou a integrar o quadro de árbitros da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), atuando em partidas das séries B e C do Campeonato Brasileiro. A estreia na primeira divisão aconteceu em 2001, no jogo Flamengo e Ponte Preta. O desempenho nos campeonatos nacionais resultou na indicação ao quadro da Fifa em 2003, aos 35 anos. Ser um bom árbitro, no entanto, não era suficiente para chegar ao nível internacional. “Na época, o candidato deveria estar cursando ou ter curso superior e falar outro idioma, inglês ou espanhol, basicamente as mesmas exigências da atualidade. O que mudou é a faixa etária de ingresso. A cada ano, a Fifa quer árbitros mais novos e preparados”.

No currículo, Alício Pena Júnior soma 350 jogos em competições da CBF. Ele atuou em vários campeonatos estaduais pelo país, no Campeonato Brasileiro das séries A, B, C e D, além da Copa do Brasil, Copa Libertadores da América, Copa Sul-Americana, Campeonato Sul-Americano de Seleções Sub-16 (2004), Pan-Americano do Rio de Janeiro em 2007 e Eliminatórias das Copas do Mundo de 2006 e 2010. Em 2013, na partida entre Internacional e Ponte Preta pelo Brasileirão, ele encerrou sua carreira. Aposentado dos gramados, ele se dedica a ensinar novos árbitros, exercendo a função de instrutor da Escola Nacional de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (ENAF-CBF). “Sou instrutor do programa de desenvolvimento de arbitragem da FIFA, assessor e delegado especial de arbitragem da CBF e membro da Comissão de Arbitragem da CBF”, lista.

Ao ser perguntado sobre o uso da tecnologia no futebol, Alício pondera. “No caso de determinação se a bola entrou ou não, entendo que seja uma medida benéfica ao jogo e aos árbitros. Nas decisões técnicas, que dependem de interpretação, entendo que não seja eficaz. Nesse ponto, a Fifa e as Confederações devem continuar a investir na qualificação dos oficiais de arbitragem para minimizar a possibilidade de erros”.

Às vésperas da Copa do Mundo no Brasil, Pena Júnior afirma que a expectativa é de poucas falhas por parte dos juízes. “A Fifa vem preparando o grupo de árbitros que estará no Brasil desde a final da Copa do Mundo da África do Sul e agora é o momento deles justificarem o investimento e apresentarem um trabalho de altíssima qualidade na competição. Lógico que existe uma pressão, não somente sobre os árbitros, mas sobre os profissionais, de todos os segmentos que estão envolvidos com o Mundial. Torço para que a arbitragem esteja pronta para vencer mais esse desafio”, finaliza.

Representante brasileiro na Copa do Mundo de 1998 na França, o ex-árbitro mineiro Márcio Rezende de Freitas começou a exercer a profissão em 1983, aos 22 anos, no futebol amador. Em 1986, passou a integrar o quadro principal da FMF. “Na Federação tive uma ascensão bem rápida. Em 1988 já apitei a semifinal do Campeonato Mineiro. Fiz os testes para a CBF e passei em primeiro lugar no Brasil, nas provas física e teórica. Aí, me deram como prêmio entrar direto no quadro especial. Pulei o básico e já ganhei tempo. No mesmo ano, já apitei partidas dos módulos menores da CBF. Tanto que em 1989 fui promovido a aspirante Fifa”, conta Freitas sobre sua trajetória até se tornar árbitro internacional.

Em 1991, ele chegou ao quadro da entidade máxima do futebol. No ano seguinte, estreava nos gramados estrangeiros. As boas atuações no Campeonato Sul-Americano, no Paraguai, garantiram a escalação do mineiro para os Jogos Olímpicos de Barcelona, onde apitou a semifinal. Com a rápida evolução, a expectativa era de ir à Copa do Mundo de 1994, o que não aconteceu. A participação no Mundial seria concretizada em 1998, na França. “Naquele ano, o processo de escolha foi se arrastando e eu pensava que ficaria fora de novo”.

A preparação para a competição exigiu muito do árbitro. “Fiz muitos treinamentos. Já trabalhava com um preparador físico de minha confiança. Quando fiz os testes físicos em Paris, foi muito tranquilo”, afirma. Na Copa, Rezende foi o árbitro do primeiro jogo da anfitriã França contra a África do Sul e relata as dificuldades enfrentadas na partida. “No dia do jogo, havia um vento de mais ou menos uns 60 km/hora, muito forte, e o som do meu apito era levado pelo vento. Os jogadores não escutavam. Tive que correr mais, para estar mais próximo das jogadas e eles escutarem”.

Para ele, apesar da grandeza do evento, o Mundial oferece ótimas condições aos árbitros. “Ao apitar uma Copa do Mundo, você tem todas as garantias para fazer o seu trabalho”. Freitas foi apontado pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS) como o 34º melhor árbitro da história do esporte. Em 2005, ele se aposentou e, atualmente, é comentarista de televisão.

Para a Copa do Brasil, o ex-árbitro acredita na qualidade dos profissionais que virão ao país. “Os árbitros que virão ao Mundial são a elite da arbitragem. A preparação está cada vez mais forte. Os pilares mental, físico, técnico e social são exaustivamente trabalhados pela comissão de árbitros da Fifa. A falibilidade é parte integrante no ser humano, mas creio que teremos um Mundial com poucos erros da arbitragem”, diz.

Trio brasileiro na Copa. A Fifa divulgou no mês de janeiro a lista dos 25 trios de arbitragem selecionados para a Copa do Mundo deste ano. O mineiro Sandro Meira Ricci, de 39 anos, filiado à Federação Pernambucana de Futebol, foi confirmado como o representante brasileiro no Mundial, ao lado dos auxiliares Emerson Augusto de Carvalho, 41, e Marcelo Van Gasse, 37. Sandro apitou, ao lado dos mesmos assistentes, a final do Mundial de Clubes entre Bayern de Munique e Raja Casablanca, no fim do ano passado.

Finais de Copa do Mundo. Em duas ocasiões, árbitros brasileiros estiveram no comando de finais da Copa do Mundo. Na Espanha, em 1982, Arnaldo Cézar Coelho foi o responsável pela arbitragem de Itália e Alemanha. No Mundial seguinte, foi a vez de Romualdo Arppi Filho apitar a decisão entre Argentina e Alemanha, no México.

Data da Notícia 05/05/2014 | Fonte: Renata Silva/Setes MG
 
 
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Enviado em 07/21/2014 - Nome: PITANGUI
Mensagem: AOS AMIGOS DO FUTEBOL BH - JOGANDO SABADO PELO MASTER 48 ANOS, O LETICIA APOS EMPATAR EM 3 X 3 COM O OTIMO TIME DO JANUARENSE, GANHOU NO PENALTIS POR 5 X 4, ULTIMO GOL MARCADO POR TECAO.

O TIME: NECO, ROGERIO DELEGADO (BEDEU), FLAVIO, PITANGUI (RONALDAO), BIANA (RODRIGO), RATO (TECAO), TELO, FERNANDO (DANILO), CESAR MARIANO, RIBAS (ROBERTINHO), LOSINHO (RISADINHA).
TECNICO: BERTOLDO
AUXILIAR: HELINHO
MASSAGISTA: LEONCIO DO PICA PAUO BETANIA GANHOU POR 1 X 0 DO INDEPENDENTE
O ALIANÇA GANHOU POR 4 X 3 DO ESTRELA DO VALE (ESTRELA CLASSIFICOU NO INDICE TECNICO)
SEMI FINAL
LETICIA X BETANIA NO RANCIG
ALIANÇA X ESTRELA DO VALE (SAO JOSE OPERARIO OU SANTA CRUZ).
OTIMA SEMANA A TODOS COM DEUS NO CONTROLE
PITANGUI

FBH!: Nobre PITANGUI muito obrigado e uma otima semana!

 

Enviado em 07/21/2014 - Nome: bh torcida
Mensagem: A copa do mundo já acabou e está dfac ***(editado)*** está rolando e lero lero lero ai voce vai vazer seleçao com este campeonato lero lero

 
 
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